• 24/11/2020

    O que é diástase abdominal e como corrigi-la?

    A diástase abdominal é o afastamento dos músculos abdominais e do tecido conjuntivo que pode acontecer com pessoas que que costumam carregar muito peso usando uma postura incorreta. Nas mulheres, os casos mais comuns acontecem por ocasião da gravidez, sendo a principal causa de flacidez abdominal e dor na lombar no pós-parto. Algumas situações podem favorecer o desenvolvimento da diástase, como ter mais de uma gestação ao longo da vida, ter uma gravidez de gêmeos, ter dado a luz a um bebê considerado grande, ou ser mãe após os 35 anos. O afastamento pode chegar a 10cm de distância, ocasionado pela fraqueza da musculatura abdominal, que ficou muito esticada na gestação.


    Como diagnosticar a diástase abdominal?

    Um dos efeitos mais visíveis da diástase é a flacidez ou a sensação de que a região abaixo do umbigo está muito mole e, em alguns casos, muito protuberante ou apresentando “sulcos”.
    Um teste rápido consiste em deitar-se de barriga para cima pressionando dois dedos cerca de 2cm abaixo do umbigo e contrair o abdômen, como se fosse fazer um exercício abdominal. Em pessoas não afetadas, o normal é que os dedos sejam projetados para cima durante o movimento. Já em pessoas com diástase, os dedos ficam parados no mesmo lugar.


    Complicações da diástase

    A principal complicação da diástase abdominal é a dor nas costas, na região lombar. Isso acontece porque os músculos abdominais funcionam como uma espécie de “cinta” que protege a coluna e os movimentos na região. Com os músculos fragilizados, a coluna é sobrecarregada, podendo desenvolver hérnias de disco ou até mesmo ficar mais propensa a fraturas. Por essa razão, é importante iniciar o tratamento o mais rápido possível.


    Como corrigir a diástase? Quais são os tratamentos?

    O tempo de tratamento vai depender do paciente e do estágio em que o afastamento dos músculos abdominais se encontra. Quanto maior for o espaçamento, mas difícil e demorado será o tratamento, pois será complicado religar as fibras musculares apenas com exercício e fisioterapia. Espaçamentos menores, entre 2 e 5cm, podem ser bastante melhorados se o tratamento for diário durante 2 a 3 meses.

    - Pilates clínico: os exercícios para fortalecer a musculatura abdominal servem como um bom tratamento, mas devem ser acompanhados por um fisioterapeuta ou educador físico, pois se forem mal administrados, podem piorar o quadro de diástase.

    - Fisioterapia: assim como os exercícios de fortalecimento muscular, a fisioterapia também ajuda muito a corrigir a diástase. Alguns aparelhos usados pelo fisioterapeuta, como os que promovem a contração muscular localizada, podem ser bem eficientes para tonificar e fortalecer o abdômen.

    - Cirurgia de correção: a intervenção cirúrgica é o último recurso a ser usado no tratamento da diástase, e é mais indicada para pacientes que apresentam um afastamento muscular mais acentuado, que não pôde ser corrigido apenas com exercícios e fisioterapia. O procedimento é simples, e consiste em costurar de volta os músculos que estão separados. Essa cirurgia pode ser realizada pelo médico cirurgião plástico, que também pode sugerir uma lipoaspiração ou abdominoplastia para ser realizada em conjunto, eliminando também o excesso de gordura e pele na região.